quarta-feira, 29 de abril de 2009

Os sete sacramentos VI - A Santa Unção

"Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente e o Senhor o restabelecerá e, se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados."
Tg 5,14-15




A Santa Unção é o sacramento que confere uma graça especial, unindo mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem, e também o perdão dos pecados, se o doente não se pode confessar.
Esta Unção prepara o doente para a passagem à Casa do Pai, ou seja, é dado a pessoas que sofram de uma doença grave e em estado terminal, ou se encontrem perto da Hora da sua Partida - cito aqui a Vanessa, do Dar+, que, sobre este assunto, menciona o seguinte no e-mail que me enviou acerca de uma das catequeses: «
Falando por palavras mais simples, é quando o padre "diz" à pessoa doente ou já no fim da sua vida que todos os seus pecados serão perdoados e que se orgulha de que essa pessoa seja filha de Deus. Depois de todas as palavras de carinho, de orgulho do padre perante a pessoa doente, esta ficará em paz e poderá ir para junto do Pai sabendo que foi perdoada de todos os erros e pecados que cometeu.».
A celebração deste sacramento consiste essencialmente na unção com óleo benzido na fronte e nas mãos da pessoa, acompanhada da oração do sacerdote, que implora a graça especial deste sacramento.

A título de curiosidade (e agradecendo uma vez mais à Vanessa, pelo e-mail esclarecedor que me enviou, há já algum tempo atrás), este sacramento possuía, antigamente, a designação de "Extrema Unção", uma vez que era administrado a pessoas que se encontravam já no fim da sua vida. Uma vez que, ocasionalmente, se concretizavam determinados casos em que as pessoas acabavam por recuperar, a "Extrema Unção" passou a designar-se "Santa Unção". Convém notar que este sacramento pode ser dado várias vezes à mesma pessoa, contudo com determinadas ressalvas - este sacramento só pode ser administrado em casos de risco muito elevado, e com fortes probabilidades de conduzir a pessoa em questão à morte.

A Santa Unção é, sem dúvida, uma bela manifestação do perdão e da aceitação de Deus perante todos. É a Derradeira Purificação da alma, que não deve ser encarada negativamente, mas sob a perspectiva de que as Portas do Reino de Deus se abrirão brevemente...

Cumprimentos ao Dar+!

sábado, 25 de abril de 2009

Os sete sacramentos V - A Reconciliação

«Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos»
Jo 20, 22-23


Porque a nova vida da graça, recebida no Baptismo, não suprimiu a fragilidade da natureza humana nem a inclinação para o pecado, Cristo instituiu o sacramento da Reconciliação para a conversão dos baptizados que pelo pecado se afastaram d’Ele.
Nós, como cristãos que somos, procuramos viver de acordo com os ensinamentos ditados pela Palavra de Deus; no entanto, sendo também homens, não estamos livres de nos afastar, por vezes, do caminho certo, e de consumar certos pecados.
A Reconciliação é o sacramento da absolvição dos pecados, precedida de um profundo arrependimento. O cristão pecador confessa os seus pecados ao Padre que, mantendo segredo do que ouviu, actua em nome de Deus e perdoa a pessoa arrependida dos seus actos.
Este sacramento não deve ser encarado apenas sob uma perspectiva de absolvição; em vez disso, deve-se enfatizar a ideia de arrependimento, e procura do caminho certo. Se uma pessoa se arrepender verdadeiramente, daí para a frente tudo fará para não voltar a pecar, e para se manter no caminho que Deus nos ensinou.

A Reconciliação é, em suma, uma purificação do espírito conspurcado pelos actos reprováveis, a que chamados pecados. É, no fundo, a passagem de uma fase da nossa vida para outra fase mais brilhante, próxima do caminho de Deus. No entanto, as nossas acções não devem depender da administração deste Sacramento; devemos, logo à partida, agir de acordo com o que está certo... de acordo com a Palavra de Deus.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Os sete sacramentos IV - A Comunhão

"Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo."

in Compêndio do Catecismo da Igreja Católica


A Comunhão é um dos sete sacramentos da Igreja. É um ritual solene, detentor de um forte simbolismo, na medida em que a hóstia é apresentada como figura do corpo de Cristo. O cristão, ao recebê-la, reforça a sua união com Cristo e a Igreja - este sacramento traduz-se na extensão, conservação e renovação do compromisso iniciado no Baptismo e plenamente assumido no Crisma, perdoando e protegendo o Cristão dos pecados.
A sagrada Comunhão é, em suma, um renascer a cada dia, é a afirmação e a defesa do Bem no seu sentido pleno, ao mesmo tempo que relembra Cristo e os seus ensinamentos. Ao tomarmos a hóstia, recordamos o compromisso que fizemos de viver em harmonia com a palavra de Deus, de cultivá-la, de engrandecê-la através das acções. Nestas ocasiões, afirmamo-nos como verdadeiros Cristãos.

domingo, 19 de abril de 2009

Os sete sacramentos III - A Eucaristia

Com efeito, eu mesmo recebi do Senhor o que vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de Mim". Do mesmo modo, depois da Ceia, tomou também o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de Mim."

Cr 11, 23-25





O sacramento da Eucaristia é o centro e o coração de toda a liturgia da Igreja de Jesus Cristo, pois é nela que se reconstitui e consuma a missão confiada aos apóstolos por Jesus, na vigília da sua Paixão. Ele disse-lhes: "Fazei isto em memória de Mim". Por isso a nossa celebração está fundada no memorial da última Ceia de Jesus, tal como São Paulo relata no seu testemunho desta sagrada tradição.
A Igreja celebra a Eucaristia como comunidade de louvor e de acção de graças, como comunidade que participa na Santa Ceia e também como comunidade chamada a comprometer-se como sacrifício de Jesus Cristo. Deste modo, faz mais do que conservar unicamente a memória do que Deus fez por nós por meio de Jesus Cristo. Nesta celebração o próprio Cristo está verdadeiramente presente. E nós participando na Eucaristia assumimos de forma plena a nossa condição cristã.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Os sete sacramentos II - A Confirmação

"A Confirmação completa a graça baptismal; ela é o sacramento que dá o Espírito Santo, para nos enraizar mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais solidamente em Cristo, tornar mais firme o laço que nos prende à Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada de obras" (in Catecismo da Igreja Católica 1316). Os adultos recebem a Confirmação juntamente com a Eucaristia. Quando o Baptismo é administrado habitualmente às crianças, a Confirmação é administrada na adolescência, como sinal de capacidade de assumir as suas próprias decisões.


A Confirmação é administrada aos jovens como "sacramento da maturidade cristã", dado que, ao serem baptizados em crianças, foram os pais e padrinhos que pronunciaram a profissão de fé. Agora que começam a viver e a agir de forma independente, pronunciam eles próprios o seu "sim" à comunidade de fé que os integrou pelo Baptismo. Deste modo, ao proclamarem a sua disponibilidade para com Ele, assim como a vontade de não negar a sua fé, declaram o seu consentimento para se comproeterem em favor da Igreja e para ajudarem os seus irmãos e irmãs.
Tal como o Baptismo, a Confirmação imprime também à alma um carácter espiritual, um selo indelével; é por isso que não podemos receber este sacramento mais do que uma vez. O dom do Espírito Santo torna aquele que o recebe capaz de converter-se em "sal da terra e luz do mundo" (Mt 5,13-14), de testemunhar Jesus Cristo, através da sua vida e dos seus actos, de tal modo que todos pensem: é um cristão que fala e age como tal.

Vamos todos agir como verdadeiros Cristãos?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Os sete sacramentos I - O Baptismo

A Igreja celebra - como legado sagrado do Senhor - sete sacramentos. Estes são ordenados à vida e à fé de cada pessoa. Neles e através deles, Jesus oferece-Se aos homens. Por este dom gratuito, o homem pode estar seguro da sua fé e da sua esperança, do seu acto de amar e ser amado. É de notar que o número de sacramentos existentes é 7, um número com profunda simbologia, possuindo várias acepções, de entre as quais se contam a perfeição e harmonia.




O Baptismo

"Arrependei-vos e cada um de vós seja baptizado em nome de
Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; depois recebereis do Pai o dom do Espírito Santo"

Act 2,37-38

O Baptismo é o sacramento comum a todos os cristãos. Estabelece uma relação pessoal com Jesus. Significa também a inserção na comunidade dos fiéis, a Igreja. Realiza o perdão dos pecados e marca o início duma nova vida como irmão ou irmã de Jesus Cristo, filho ou filha de Deus.
Qualquer pessoa pode receber o Baptismo, sendo esta celebração válida para sempre. Não é possível anulá-lo. Nenhum pecado suprime a aliança selada pelo Baptismo.
Quando os pais e padrinhos trazem uma criança junto à pia baptismal, querem transmitir-lhe não apenas a vida mas também a fé, e prometem conduzir e acompanhar essa criança no caminho da fé.

Deste modo, conclui-se que este sacramento é bastante importante na vida espiritual de um cristão - representa o abandono da vida antiga, o renascer do homem, a abertura e o começo do caminho iluminado por Deus, que conduz à salvação.

domingo, 12 de abril de 2009

Uma Santa Páscoa




“Domingo de madrugada, Madalena e outras mulheres foram ao sepulcro. De repente houve um grande terremoto. Um anjo do Senhor, descendo do Céu, removeu a pedra da porta e sentou-se sobre ela. Disse às mulheres:‘Não tenham medo. Eu sei que buscam a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vão imediatamente e contem aos seus discípulos que Jesus já ressuscitou dentre os mortos.’”(Lc 24,1–12; Mt 28,1–15)

Como foi a tua?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Semana Santa - Agenda

Segunda-feira - Confissões na Igreja Matriz às 21h30
Quarta-feira - Via Sacra pública com inicio no Lar de S. José às 21h30
Quinta-feira - Celebração da Ceia do Senhor na Igreja Matriz às 21h30
Sexta-feira - Celebração da Paixão e Adoração da Santa Cruz na Igreja Matriz às 18h
Sábado - Vigilia Pascal na Igreja Matriz às 21h30
Domingo - Missa de Páscoa e Visita Pascal