sábado, 15 de março de 2008

Percam um minuto a ler...

... o texto feito pelo Filipe e que serviu de partilha ontem, na Oração das Sextas Feiras Quaresmais, na Légua...



Será que a dignidade se traduz apenas em nobreza, seriedade, elevação dos sentimentos? É verdade que o nosso direito à dignidade constitui o respeito que todos devemos possuir por nós próprios; no entanto, esse facto não significa o desprezo dos outros por nós, nem deve permitir a existência de qualquer pensamento individual que rebaixe a posição dos que nos rodeiam. O nosso direito também constitui um dever – o dever de percebermos que todos possuem o direito à dignidade, assim como a responsabilidade de ajudar a defender e promover esse direito, para todos. Dignidade implica também um cuidado acrescido no que respeita às nossas atitudes em relação às pessoas com quem nos relacionamos. Devemos agir correcta e seriamente, de modo a preservar a nossa dignidade e evitar ofender a dignidade dos outros.


A liberdade é talvez o direito pelo qual existe uma maior e mais activa luta. Todos nós desejamos possuir direito à liberdade, quer para vivermos bem connosco próprios, quer com os outros. A liberdade é o nosso meio para melhorar o mundo e a sociedade. É a nossa forma de exprimir o que pensamos, o que somos, o que desejamos. A liberdade é bastante importante para o nosso bem-estar e para a nossa convivência em grupo. No entanto, é imprescindível ter em atenção o dever sustentado por este direito. A nossa liberdade tem limites, e nós devemos ter a consciência deles. A nossa capacidade de exercer a liberdade com moderação é determinante para o sucesso do relacionamento com os outros. O mais importante a ter em conta é que, quanto maior for a nossa liberdade, maior será a nossa responsabilidade no que respeita aos nossos actos. Além disso, esse direito deixa de ter significado quando, ao exercê-lo, privamos os outros da sua própria liberdade.


Hoje em dia, é frequente a discriminação entre povos, culturas, e formas de pensar, quer devido a uma diferença acentuada em termos de poderio económico, quer por vários outros factores. No entanto, ao reflectirmos sobre este assunto, verificamos que o interior de cada um de nós é semelhante, e que todos temos desejos, emoções… Todos possuímos um “eu” capaz de sentir. É por isso que o direito à igualdade é tão relevante. “Igualdade” não significa possuir a mesma cultura ou os mesmos costumes; significa que cada um deve ser tratado e respeitado de igual forma, pois cada um merece-o e é digno desse direito.

A solidariedade é direito de cada um de nós, mas, mais importante ainda, é o dever que ela suscita, que deve ser fortemente respeitado. Existem várias formas de solidariedade; a ideia transmitida pela palavra não se refere apenas a ajuda monetária ou de carácter materialista. Muitas vezes, a solidariedade de que várias pessoas necessitam é a compreensão da nossa parte; é a ajuda psicológica que lhes podemos oferecer, conjuntamente com a amizade e um esforço por integrá-las na sociedade em que se sentem marginalizadas. Se todos formos minimamente solidários, conseguiremos diminuir os conflitos sociais e as incompreensões, que, na maior parte dos casos, são originadas devido à falta de solidariedade para com os outros.


Hoje em dia, a justiça é um direito que, infelizmente, está aquém de ser respeitado. Muitos são aqueles que todos os dias sofrem injustiças devido aos erros, poder e ambições de outrem. Numa grande parte dos casos, os injustiçados vêem-se incapazes de lutar pela justiça a que têm direito, e são gravemente prejudicados perante os desejos egoístas de outros que possuem um maior poder. O nosso dever está em lutar contra estas injustiças, assim como procurar prevenir futuros casos desse género. Devemos ter em conta que a justiça não é direito de alguns, apenas; é um direito universal, que deve ser respeitado e preservado, ainda que contrarie alguns dos nossos desejos ou ambições.
Uma vez que a nossa sociedade, hoje em dia, se encontra bastante evoluída, é necessário promover o direito que cada um de nós possui para participar activamente no seu desenvolvimento. A cidadania é, não só um direito, mas um importantíssimo dever, já que o sucesso de uma determinada sociedade se encontra directamente dependente da participação dos seus membros. É a partir do confronto de diferentes opiniões e da discussão colectiva de vários assuntos que se encontram novas ideias, escolhendo-se, deste modo, a que melhor se adapta às necessidades do todo. Assim, é indispensável o esforço individual de cada um de nós para corrigir o que está errado, de forma a aproximarmo-nos, cada vez mais, do que é melhor para nós.
Após a análise dos textos que foram lidos, concluímos que todos os direitos são fundamentais ao nosso bem-estar e à convivência com os outros. Um direito considerado individualmente, não possui grande relevância; é o conjunto da sua totalidade que nos permite viver harmoniosamente com os outros e connosco próprios. Sem eles, não conseguimos estabelecer sociedades correctas ou bem sustentadas; rapidamente se revelam um enorme erro. Por outro lado, as sociedades baseadas nestes direitos fundamentais são prósperas, pois permitem um desenvolvimento adaptado às necessidades das pessoas, que se vão alterando ao longo dos tempos.
Mas um dos mais importantes aspectos a ter em conta traduz-se nos deveres levantados por estes direitos. É de vital importância o respeito dos deveres, já que é através deles que se torna possível o desenvolvimento em direcção ao que é correcto e sustentável.

(Parabéns ao Filipe e a todos Dar+!!)

3 comentários:

Filipe disse...

Eu é que agradeço... Fico contente por pertencer a um grupo com tanto potencial e que, na minha opinião,dará bastantes frutos...

Obrigado...

Anónimo disse...

Parabéns Filipe, tens imenso jeito !
Adorei ^^

Jorginho disse...

;)
so de pensar k fikei tao nervoso kando fui ler a minha parte...

parabens ao filipe...
e ao nosso blog k ja ultrapassou as 2000 visitas ;)

[]&*