segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O Natal - Catequese Online!!!


Símbolos do Natal

Foi somente a partir do ano 336 D.C. que o Natal passou a ter uma data oficial para sua comemoração: o dia 25 de Dezembro, fixado pelo então Papa Júlio I. Até essa época, era comemorado em diversas datas, conforme a tradição de cada país. Isso ocorria porque a Bíblia não traz, em nenhum dos Evangelhos, uma data precisa para o nascimento de Jesus.

De qualquer forma, o Natal é uma festa rica em símbolos cheios de significados, que tocam muito nossa sensibilidade e vão além de nossa razão. O nascimento de Jesus é, foi e sempre será motivo de alegria para todos os povos do mundo, pois traz a mensagem de amor, paz, fraternidade e igualdade entre todos os seres humanos.



Missa do Galo
Para os católicos, tão tradicional quanto o presépio e a árvore de Natal é a Missa de Galo, celebrada à meia noite. Há, porém, um sentido para que esta celebração seja realizada tão tarde. Deve-se frisar que muitos acontecimentos importantes na vida de Jesus e que deram inicio à fé cristã aconteceram na calada da noite. O próprio nascimento e a ressurreição se deram em plena madrugada, antes que o sol nascesse, e é justamente nesse período que o galo anuncia o fim das trevas e surgimento de um novo dia.
É dentro desta simbologia que foi instituída a Missa do Galo. É um preceito antigo do catolicismo dividir a noite em quatro vigílias. No início havia três missas: ao pôr-do-sol do dia 24, à meia-noite e a Missa de Natal, dia 25 pela manhã. Foi o Papa Telésforo quem teve a ideia na escolha do horário de meia-noite, a hora do cantar do galo


O presépio

É a representação que nos lembra o ambiente em que Jesus nasceu. É o mais significativo dos símbolos do Natal para a Igreja e para os cristãos.

O primeiro presépio de que se tem notícia foi montado por São Francisco de Assis, na cidade de Greccio, Itália, no ano de 1223. A cena, representada por um boi e um burrinho, foi preparada numa manjedoura cheia de feno de uma estrebaria comum, simples, do lugar. Francisco, com muito carinho, chamou os habitantes das proximidades para que, na noite de Natal, estivessem presentes naquele local que tão bem relembrava o episódio daquela outra noite bela e inesquecível, a do nascimento do Menino-Deus.

Depois, os jesuítas, com seu trabalho de catequização dos povos, passaram a divulgar e incorporar o presépio de modo definitivo à Igreja e aos hábitos católicos de todo o mundo.

A cena do presépio, em sua singeleza e simplicidade, faz com que nos lembremos dos ensinamentos e da doutrina de Jesus, cujos principais elementos são: a Fé, a Esperança, a Humildade, a Igualdade, a Fraternidade, e, acima de tudo, o Amor.


A Coroa do Advento

A palavra "advento" vem da expressão latina ad venire, que significa "o que há de vir". Trata-se do espaço de quatro semanas que antecede o Natal e que inicia o chamado "ano" da Igreja Católica. Nesse período, os cristãos preparam-se para o Natal, para o nascimento do Menino Jesus.

Para anunciar e celebrar esse período, costumam-se enfeitar as Igrejas e os lares cristãos com a Coroa do Advento: uma grinalda, geralmente verde, sinal de esperança e de vida, enfeitada com uma fita vermelha, que simboliza o amor de Deus por nós ao enviar o Seu Filho como um presente para toda a Humanidade.

Na Coroa do Advento são colocadas quatro velas representando os quatro Domingos: no 1º Domingo, acende-se uma; no 2º Domingo, acendem-se duas; e assim por diante. As quatro velas acesas representam a fé em Jesus Cristo, a grande Luz que veio para iluminar todos nós.


A árvore de Natal

A árvore de Natal surgiu na Alemanha, no século XVI, mas deve ter existido muito antes dessa época, porém sem registos históricos de que se tenha notícia.

Conta a tradição que a primeira árvore de Natal foi montada por Martinho Lutero, o fundador do Protestantismo. Numa certa noite fria de Inverno, poucos dias antes do Natal, Lutero passeava por um bosque de pinheiros e, de repente, olhando para o céu, viu as estrelas brilhando entre os ramos dessas árvores como luzes de velas a cintilar na noite gelada.

Lutero voltou para casa levando consigo um pinheirinho e enfeitou-o com pequenas velas acesas. Logo depois, no Natal de 1525, ele reuniu as crianças da sua cidade e disse-lhes: "As velas do pinheiro simbolizam as estrelas do céu, de onde o Menino Jesus veio para salvar o mundo".

Hoje, a árvore de Natal é um símbolo de vida, vida que nasce, cresce e morre, tal qual toda a Humanidade. No Inverno rigoroso dos países do Hemisfério Norte, debaixo da neve constante, as árvores perdem suas folhas e somente o pinheiro permanece verde. Desse modo, a Árvore de Natal representa a figura de Cristo, a verdadeira vida, Deus eterno, em qualquer lugar e em qualquer tempo.

Jesus é vida, vida que vem a nós todos no Natal!


As bolas coloridas

As bolas coloridas representam os frutos da árvore viva, que é o próprio Jesus. Esses frutos são as boas acções praticadas por quem vive em Jesus, com Jesus e por Jesus.

Cristo veio ensinar o verdadeiro amor, o perdão, a verdade, a oração, a força da fé e da esperança, a compreensão, a docilidade à vontade de Deus, a fraternidade, tudo quanto de melhor há para a humanidade viver bem. Representando esses frutos de vida, as bolas coloridas que enfeitam maravilhosamente nossas árvores de Natal são símbolos dos dons, dos maravilhosos presentes que o nascimento do Menino Jesus nos traz, renovados a cada ano.


As velas de Natal

As velas representam a presença de Cristo e a Sua grande Luz, pois Ele disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue não anda nas trevas". Logo, as velas de Natal enfeitam qualquer ambiente cristão levando luz e força ao mundo.

Nos tempos mais antigos, colocavam-se velinhas acesas nas árvores de Natal, as quais foram sendo substituídas por pequenas lâmpadas coloridas porque causam menos riscos de incêndios e queimaduras.

Ao acender velas no Natal, afirmamos nossa confiança em Jesus e prometemos-Lhe levar aos nossos semelhantes uma palavra de amor, de justiça, de compreensão, de paz, pois as acções renovam nossa a fé, a cada ano, reavivando o nosso empenho em ser como Jesus: "luzes" de alegria e de paz para aqueles com quem convivemos.

A estrela de Natal

Quando Jesus nasceu, conta a história, três Reis Magos, vindos do Oriente, chegaram a Jerusalém à procura do Menino-Deus guiados por uma estrela.

A grande e brilhante estrela de Natal, símbolo do próprio Jesus, a apontar o caminho de nossa vida, tem quatro pontas e uma cauda luminosa, como um cometa. As quatro pontas representam as quatro direcções da Terra: norte, sul, leste e oeste. Isso significa que, de todos os lados, vêm pessoas para adorar o Deus-Menino, que nasce e renasce em cada Natal.


Os presentes de Natal

Os Reis Magos que vieram do Oriente - Gaspar, Baltazar e Belchior-, a fim de adorar o Deus-Menino trouxeram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. O ouro simbolizava a realeza de Jesus, Rei do Universo; o incenso, Sua divindade, como Filho de Deus; e a mirra, que é uma erva amarga, o Seu sofrimento, como Salvador da Humanidade.

Foram os presentes dos Reis Magos que deram origem à tradição de se dar presentes na época do Natal.

As datas para se dar esses presentes ainda variam de país para país até hoje nas diversas regiões do mundo. Na Espanha e no México, por exemplo, os presentes são trocados no dia 06 de Janeiro, que é o Dia de Reis. Acredita-se, nesses países, que os Magos, todos os anos, nessa mesma noite, passam a caminho de Belém, onde Jesus nasceu, deixando pelo caminho percorrido presentes para todas as crianças...

Em França, os adultos dão presentes uns aos outros na véspera do Ano Novo, 31 de Dezembro, enquanto as crianças ganham brinquedos no dia 24 de Dezembro.

Em algumas regiões da Alemanha, é costume dizer que quem traz para as crianças os presentes de Natal é o próprio Menino Jesus.

Os presentes simbolizam o próprio Jesus, o Maior dos presentes, que nos foi dado por Deus na grande noite de Natal! O Filho de Deus é, sem dúvida, o maior e o melhor dos presentes que ganhamos em todos os Natais da nossa vida, e, ao darmos um presente a alguém, estamos ofertando nosso próprio amor, juntamente com toda a nossa alegria pelo nascimento do Salvador do Mundo.

O Pai Natal

Hoje em dia, quando pensamos em Natal, imaginamos logo a figura do Pai Natal! Embora o ponto central dessa grande festa seja o Menino Jesus, a figura simpática do velhinho carregado de presentes ocupa lugar nas nossas mais longínquas reminiscências da infância.

Acredita-se que a origem do Pai Natal está ligada ao Bispo São Nicolau, que viveu na Ásia Menor, na cidade de Mira, séc. IV. Esse Bispo era muito generoso, muito caridoso, ajudava muito os necessitados, e, na época do Natal, dava presentes em quantidade, especialmente para as crianças, enquanto dormiam.

Entretanto, existem muitas outras histórias sobre o Pai Natal.

Existem lugares do mundo em que a figura do Pai Natal está associada a São Martinho, e também a um personagem muito misterioso, chamado Ruprecht, que não se sabe de onde surgiu. Em algumas regiões da Rússia, o povo tem outra versão para o bondoso velhinho: dizem que, durante a Idade Média, depois de uma terrível peste que matou muita gente deixando inúmeras crianças órfãs, Noé - o mesmo do relato da Bíblia, que construiu a grande arca e escapou do dilúvio - pediu a Deus permissão para vir à Terra trazer presentes para esses órfãos, disfarçado numa roupa vermelha e botas pretas. Como na Rússia e noutros países do Hemisfério Norte, o Natal ocorre no Inverno, período de muita neve, o Pai Natal vem sempre no seu trenó, puxado por renas.

Mas, o verdadeiro simbolismo da figura do Pai Natal é, sem dúvida, a generosidade, o carinho, o desprendimento, a alegria de dar presentes para ver todos felizes, comemorando todos os anos o aniversário de Jesus.

A Ceia de Natal

Simboliza e relembra a Santa Ceia do Senhor, realizada um dia antes da Sua morte na cruz, quando Ele e os Seus discípulos comemoravam a Páscoa dos Judeus.

Toda ceia é sempre um momento de reunião em família. É quando, através dos alimentos, se conserva a vida material do corpo. Bem mais do que isso, a Ceia de Natal é a comemoração da vida verdadeira, a vida espiritual, que nos é dada por Cristo, o Filho de Deus.

Uma tradição natalícia, são as frutas típicas do inverno: castanhas, nozes, amêndoas, avelãs, que são simbólicas e representam a humildade de um riquíssimo alimento, bastante nutritivo, que se encontra debaixo de uma dura casca. Do mesmo modo, sob a forma de uma frágil criança, o Menino-Deus, o Deus Todo-Poderoso, apresenta-se ao mundo no Natal.

É costume, também, colocar na mesa, na Ceia de Natal, uma vela acesa que simboliza o Cristo vivo, unindo-nos fraternalmente em torno d’Ele.

Os cartões de natal

No Século XVII, era costume, na Europa, escrever cartas aos amigos por ocasião do Natal. As mensagens levavam muito tempo a chegar aos seus destinos naquela época porque as distâncias eram grandes e percorridas sempre a cavalo. Também as cartas tomavam muito tempo para serem escritas pois ninguém ia mandar apenas algumas poucas palavras, dependendo de viagens tão longas.

Entretanto, em meados do Século XIX, o escritor inglês Henry Cole, não tendo tempo para escrever longas cartas com suas mensagens de Natal para todos os seus amigos, pediu a um desenhista, John Horsley, que fizesse um cartão com desenhos que lembrassem o Natal nos quais ele pudesse escrever apenas algumas palavras. A novidade foi logo divulgada e o povo aprovou a ideia imediatamente. Assim, os cartões de Natal viraram moda não só em Inglaterra, mas em toda a Europa, passando às Américas.

O verdadeiro sentido dos cartões de Natal é a mensagem cristã que transmite a quem se deseja o desejo sincero de paz e alegria pelo nascimento de Jesus.



Os ramos verdes decorativos

É comum, em quase todo o mundo, usar ramos verdes na decoração de qualquer ambiente nas festas do Natal. É um costume muito antigo. Nos países europeus, durante o Inverno, as plantas perdem o seu "verde" e são raras as flores. Por isso, desde os tempos mais antigos, enfeitavam-se as casas com ramos verdes de pinheiros, que é uma das poucas árvores cujos ramos permanecem verdes no Inverno, acreditando-se que se estaria, dessa maneira, a garantir vida aos ambientes, e desejando breve retorno da primavera com suas flores.

Na Roma antiga, no mês de Dezembro, as casas eram enfeitadas com ramos de louro, e, em Janeiro, grinaldas de ramos verdes eram o presente preferido nas festas do deus Saturno.

Sendo esses costumes pagãos, os primeiros cristãos condenavam-nos, não permitindo que os seus fiéis pendurassem ramos verdes nas portas de casa. Mas o tempo foi passando, as opiniões foram mudando, os costumes alterando-se e, hoje, os ramos verdes que decoram as Igrejas, as casas, os diversos ambientes na época natalícia, simbolizam a esperança em uma nova vida, cheia de fé, alegria, paz, que se renova a cada ano com a chegada do Menino Jesus, no Natal.


Os arranjos secos de Natal

Ao contrário dos ramos verdes, os galhos secos lembram a falta de vida e de luz, a ausência daquilo que aquece e se renova. Por isso, os arranjos de Natal feitos com folhagens amareladas, pinhas secas e galhos retorcidos são colocados nas portas e sobre os móveis dos lares cristãos indicando a ausência de vida plena antes da chegada de Jesus.

"Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância".

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!"

"Eu sou a Luz do mundo!"

São frases de Jesus que dizem muito bem qual a missão do Filho de Deus na Terra, missão que começou e que se renova, todos os anos, na noite santa de Natal.


A conhecida canção de Natal "Noite Feliz", com a sua letra traduzida para mais de 60 idiomas diferentes, é a música mais cantada em todo o mundo no Natal. Hoje, também é um dos símbolos dessa festa cristã.

"Noite Feliz" foi composta na Áustria, no ano de 1818. Conta-se que, numa pequenina Igreja da aldeia de Arusdorf, havia um órgão que foi invadido por ratos que roeram quase todos os seus "foles". Isso aconteceu poucos dias antes do Natal. Preocupado e com medo de passar a noite de Natal sem música, o Pe. Mohr, Pároco dessa aldeia, resolveu procurar um outro órgão nos arredores da sua cidadezinha. Na noite em que procurava, o Padre ficou impressionado com o céu límpido e estrelado apesar do frio que fazia, típico do Inverno europeu. Fez, então, um poema ao nascimento do Menino Jesus, que ele imaginou ter acontecido numa noite tão linda como aquela que estava a ver no momento.

Dias depois, foi visitar o compositor Franz Gruber, e dele ganhou a partitura de uma música para tocar na sua Igreja. Juntando essa melodia aos versos que havia feito para o Menino Jesus, o Padre criou a canção "Noite Feliz", cantada na sua Igreja pela primeira vez na Missa do Natal daquele ano.

Daí até os nossos dias, essa canção é considerada um hino à Noite de Natal. É cantada em quase todos os idiomas do mundo, simbolizando toda a nossa alegria, a nossa felicidade pelo nascimento do Menino-Deus, resumindo em cada uma das suas frases tudo quanto cada um de nós está a sentir e quer transmitir ao Filho de Deus. A canção une os povos em torno de um só pensamento, de um só ideal: viver e homenagear a vinda do Deus-Menino para a humanidade, ansiosa de paz, alegria e felicidade.


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